Foto: Divulgação/UFSC |
“Vou conversar muito com a indústria e colocar a indústria para conversar com as universidades para unir esses dois mundos”. Antes de assumir o cargo, Prata coordenava o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Refrigeração e Termofísica e, recentemente, foi eleito membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Além disso, ele foi reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Acredito muito no conhecimento que é gerado, utilizado e estimulado a partir de uma união entre a academia e a universidade”, afirma.
As parcerias entre universidades e centros de pesquisa foram citadas como processos importantes para o crescimento da indústria e da economia brasileira. “Temos um histórico de parcerias. Estudantes de todos os níveis – graduação, mestrado e doutorado – sempre realizaram trabalhos de pesquisa vinculados ao setor industrial e, com isso, nós temos um número muito grande de dissertações e teses relacionadas com trabalhos industriais”, conta.
Na opinião dele, o Brasil é um país que se situa entre os que mais produzem cientificamente, no entanto o conhecimento não é completamente dominado e não é utilizado pelo setor industrial. Ele aponta a necessidade de o governo trabalhar em várias frentes: dando instrumentos para facilitar o trabalho entre a universidade e as empresas, além de simplificar os marcos regulatórios.
“Muito da pesquisa é feita no Brasil nas universidades públicas. E a lógica do ordenamento jurídico que rege a atividade de uma autarquia pública é completamente diferente do setor industrial. Então é preciso criar mecanismos que possibilitem essa interação”, avalia. Neste momento, estamos trabalhando no Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para melhorar ainda mais esse ordenamento”, acrescenta Prata.
Um cientista da indústria
Durante seu discurso, o secretário se definiu como um cientista vinculado à indústria. Há 33 anos na UFSC, o novo integrante da equipe do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, atuou na graduação e na pós-graduação, coordenando projetos de ensino, pesquisa e extensão. Já publicou mais de 230 artigos científicos completos em periódicos e anais de congressos. Orientou 41 dissertações de mestrado e 18 teses de doutorad, e possui duas patentes depositadas.
Cursou engenharia elétrica na Universidade de Brasília (UnB), tem mestrado em engenharia mecânica pela UFSC e doutorado na Universidade de Minnesota (EUA).
(Com informações do MCTI)
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