segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Encontro discute avanços na área de Física Atômica e Molecular.

Por Antônio Arapiraca

fóton Blog/Divulgação
Físicos e químicos de todo o país estiveram reunidos em Curitiba, de 23 a 26 de novembro, na oitava edição do Workshop em Física Molecular e Espectroscopia (WFME). Há oito anos que o evento é um espaço para que cientistas discutam os avanços recentes da área no país.


Um dos temas de peso foi a construção da nova fonte de radiação síncrotron do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) batizada com o nome Sirius. O assunto foi parte da palestra do professor da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do LNLS, Antônio José Roque da Silva.

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O aumento do número de participantes desde a primeira edição do WFME em 2003 é a prova da importância das redes de colaboração tecnocientíficas no país. O primeiro encontro foi realizado em Niterói e reuniu 57 participantes. Já a edição de 2010 praticamente triplicou a participação, passando para 157. Um número considerável, já que o evento reune a nata de um importante segmento da física nacional. Basta dizer que a abertura do oitavo WFME foi realizada por um dos mais antigos pesquisadores da área no país, o professor Lee Mu Thao, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

A criação de redes de colaboração tem sido uma tendência já há algumas décadas em vários setores de países desenvolvidos. E no setor científico isto não é diferente. Um planejamento eficaz suportado por estas redes foi responsável pelo sucesso de muitos gigantes da ciência e tecnologia mundial. Em décadas passadas existiam no Brasil pesquisadores de excepcional formação que operavam em conjunto com grupos estrangeiros, mas que não necessariamente tinham a oportunidade de compartilhar com seus pares nacionais em espaços de convivência mútua os avanços obtidos. Aliás, os orgão de fomento nem eram tão robustos para custear tais espaços.

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Porém, o país já começa a mostrar a sua preocupação com o investimento nessas redes e, segundo aponta o coordenador da última edição, o professor Márcio Henrique Bettega, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), as fontes de recursos para a realização do evento foram várias, desde as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPS) de vários estados, até o CNPq e a Capes. “É um evento que está crescendo a cada edição, e a gente está conseguindo trazer gente nova, de outras áreas como a química. Vieram também muitos estudantes de iniciação científica, assim como alunos de pós-graduação” disse Bettega.

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Ao participar pela primeira vez do WFME, a estudante de iniciação científica da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Monique Garzillo se disse incentivada a fazer mestrado e doutorado na área de física atômica e molecular. “Participar de um workshop de nível nacional é muito importante, porque incentiva a gente a buscar mais, a ler mais coisas, a levar mais a fundo a iniciação científica”, disse.

Para o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos Eduardo Fellows, um dos idealizadores do WFME, o nível dos trabalhos apresentados vem melhorando a cada ano e por isso todas as áreas de ciência básica precisam ser estimuladas a formar redes de colaboração. “É esse tipo de interação que vai levar as pesquisas de ciência e tecnologia do país para frente” afirmou.

Apesar do caratér nacional do evento, a presença de palestrantes de instituições estrangeiras que colaboram com pesquisadores brasileiros vem sendo uma constante. Na última edição, por exemplo, participaram os professores Carl Winstead e Murtadha A. Khakoo, do Califórnia Institute of Technology e da Califórnia State University, respectivamente. Com o WFME as colaborações internacionais existentes no país são difundidas para pesquisadores que, sem o evento, jamais tomariam conhecimento sobre as mesmas.

com a colaboração de Débora Alcântara

clique aqui para ver algumas fotos do WFME 2010.

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