Hoje há 6,5 bilhões de pessoas no mundo e as projeções indicam que serão 9 bilhões em 2050, de acordo com o pesquisador. Com base em estudos internacionais, Galvão disse que a energia comercializada no mundo está na casa das 12 mil toneladas de equivalente de petróleo, capazes de gerar uma potência de 16 terawatts (TW), o que equivale à produção de 1.200 usinas do porte de Itaipu. A projeção indica que esses números vão praticamente dobrar em 2035. Os cálculos que relacionam o crescimento populacional e o consumo de energia, especialmente nos países em desenvolvimento, indicam que a potência total instalada deve atingir 30 TW no final deste século, para atender a população.
Além do crescimento populacional, a produção do principal recurso energético do século XX, o petróleo, tem se reduzido nos últimos anos. Se fosse usada apenas a reserva conhecida de petróleo no mundo para gerar energia, ela seria capaz de atender, durante nove anos, apenas, a demanda estimada de 30 TW. Se fosse usada toda a produção de cana-de-açúcar, melhor biomassa até o momento para produção de energia, a capacidade de produção seria de 5,5 TW, muito distante da demanda estimada para o fim do século.
Diante desse quadro, Galvão falou sobre a capacidade de várias fontes conseguirem atender a demanda estimada por energia. Sobre energia geotérmica, em que se aproveita o calor existente em reservatórios quentes do interior do planeta, ele disse que o Brasil tem poucos reservatórios e as máquinas operariam com baixa eficiência.
No caso da energia solar, por meio das células fotovoltaicas, seria preciso que uma área equivalente ao território do Brasil produzisse energia para atender a necessidade mundial. Também disse que o gargalo continua sendo a eficiência e o custo das células fotovoltaicas. Ele defendeu que o governo tenha papel atuante, porque há dificuldades na adoção da energia solar, como a necessidade de fazer reformas nas redes elétrica e hidráulica das residências.
Sobre a energia eólica, ele explicou que não há grandes inovações a se fazer, mas que seria preciso melhorar substancialmente as linhas de transmissão no Brasil. Isso porque o comportamento dos ventos é irregular e gera intermitência na geração de energia, que precisa ser assimilada pela rede elétrica interligada. “Nossas linhas não conseguem suportar essa intermitência”, comentou.
Grande defensor da energia nuclear, Galvão apontou as vantagens brasileiras que justificam, em sua opinião, a continuidade dos investimentos. Citou que o País tem reservas de urânio, e pode fazer todo o ciclo de combustível, como ocorre com a Rússia e os Estados Unidos, por exemplo. Para ele, o Brasil agiu corretamente ao aprovar a construção de Angra 3. “Teria sido um erro estratégico grande não fazê-la”, disse.
Sobre o problema na usina de Fukushima, que motivou o fim do programa nuclear da Alemanha e levantou o debate sobre a segurança da energia nuclear, Galvão disse que foi um “acidente de engenharia”. Isso porque as barras de segurança funcionaram e desativaram os reatores de Fukushima, mas os tanques de diesel que abasteciam os geradores de energia que manteriam o sistema de resfriamento ligado foram instalados próximo da praia e levados pelo tsunami.
O pesquisador lembrou que os reatores de Fukushima são da primeira geração. Depois do acidente em Chernobyl, a indústria desenvolveu novos reatores, mais sofisticados e seguros. Hoje, os reatores de terceira e quarta geração são os mais modernos, contando com elementos de controle automáticos. “Devemos nos preparar para investir nas usinas nucleares de terceira e quarta geração”, acrescentou.
Galvão ressaltou, ainda, que após meados deste século, a única possibilidade de atender a demanda por energia será por meio do desenvolvimento e uso da tecnologia de fusão nuclear. O pesquisador contou que o Brasil foi convidado para participar de um grande esforço de pesquisa internacional nesse sentido, o International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), um reator experimental que pretende demonstrar a viabilida técnica da potência da fusão nuclear e é baseado na tecnologia Tokomak, o primeiro reator de fusão nuclear, inventado nos anos 1950 por cientistas russos.
Ele também esclareceu que as usinas nucleares no Brasil não foram feitas para substituir as hidrelétricas, mas as usinas termoelétricas, que são acionadas em horários de pico de consumo de energia, de forma a complementar a energia gerada pelo sistema hidroelétrico, e emitem gases de efeito estufa. Ele concluiu a palestra defendendo que o Brasil adote todas as formas de gerar energia, especialmente as renováveis, mas sem excluir a nuclear.
Sobre a energia eólica, ele explicou que não há grandes inovações a se fazer, mas que seria preciso melhorar substancialmente as linhas de transmissão no Brasil. Isso porque o comportamento dos ventos é irregular e gera intermitência na geração de energia, que precisa ser assimilada pela rede elétrica interligada. “Nossas linhas não conseguem suportar essa intermitência”, comentou.
Grande defensor da energia nuclear, Galvão apontou as vantagens brasileiras que justificam, em sua opinião, a continuidade dos investimentos. Citou que o País tem reservas de urânio, e pode fazer todo o ciclo de combustível, como ocorre com a Rússia e os Estados Unidos, por exemplo. Para ele, o Brasil agiu corretamente ao aprovar a construção de Angra 3. “Teria sido um erro estratégico grande não fazê-la”, disse.
Sobre o problema na usina de Fukushima, que motivou o fim do programa nuclear da Alemanha e levantou o debate sobre a segurança da energia nuclear, Galvão disse que foi um “acidente de engenharia”. Isso porque as barras de segurança funcionaram e desativaram os reatores de Fukushima, mas os tanques de diesel que abasteciam os geradores de energia que manteriam o sistema de resfriamento ligado foram instalados próximo da praia e levados pelo tsunami.
O pesquisador lembrou que os reatores de Fukushima são da primeira geração. Depois do acidente em Chernobyl, a indústria desenvolveu novos reatores, mais sofisticados e seguros. Hoje, os reatores de terceira e quarta geração são os mais modernos, contando com elementos de controle automáticos. “Devemos nos preparar para investir nas usinas nucleares de terceira e quarta geração”, acrescentou.
Galvão ressaltou, ainda, que após meados deste século, a única possibilidade de atender a demanda por energia será por meio do desenvolvimento e uso da tecnologia de fusão nuclear. O pesquisador contou que o Brasil foi convidado para participar de um grande esforço de pesquisa internacional nesse sentido, o International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), um reator experimental que pretende demonstrar a viabilida técnica da potência da fusão nuclear e é baseado na tecnologia Tokomak, o primeiro reator de fusão nuclear, inventado nos anos 1950 por cientistas russos.
Ele também esclareceu que as usinas nucleares no Brasil não foram feitas para substituir as hidrelétricas, mas as usinas termoelétricas, que são acionadas em horários de pico de consumo de energia, de forma a complementar a energia gerada pelo sistema hidroelétrico, e emitem gases de efeito estufa. Ele concluiu a palestra defendendo que o Brasil adote todas as formas de gerar energia, especialmente as renováveis, mas sem excluir a nuclear.
fonte: SBPC
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