Autoridades japonesas pediram à mídia internacional para conter a cobertura sensacionalista da crise nuclear na usina de Fukushima, noticia Sinead O’Carroll [Business and Leadership, 7/4/11]. Segundo o ministro do Exterior, Chiaki Takahashi, algumas das reportagens sobre o terremoto e o tsunami foram “excessivas” e geraram restrições a produtos japoneses.
Em Fukushima, trabalhadores injetam, com sucesso, nitrogênio no reator número 1 para evitar uma possível explosão de hidrogênio. A atitude foi tomada após orientação da Comissão de Regulação Nuclear dos EUA, que alertou sobre possíveis explosões na usina. O espaço para armazenamento de água contaminada, usada para refrigerar as varas de combustível, está acabando, e as bombas de resfriamento ainda não foram consertadas.
O governo do Japão está considerando permitir que pessoas que foram evacuadas de uma área de 20 quilômetros ao redor de Fukushima, por conta dos perigos da radiação, retornem a suas casas por um breve período, para pegar alguns itens. Especialistas nucleares estudam como garantir a segurança dos moradores durante possíveis visitas a suas casas.
As pessoas em outras áreas do país, incluindo Tóquio, começaram a retornar à vida normal, mas ainda há poucos estrangeiros na capital. O setor de turismo foi duramente afetado pela tragédia. Companhias aéreas continuam com horários reduzidos e o número de visitantes no período da florada das cerejeiras, que está em seu auge, caiu drasticamente.
Temor dos países vizinhos
Países vizinhos ao Japão começaram a se preocupar sobre o risco de radiação. O ministro de Saúde da China disse que traços de radioatividade foram encontrados em plantações de espinafre em três de suas províncias. A Coreia do Sul está cada vez mais temerosa e muitas escolas fecharam porque os pais temem que a chuva traga material radioativo do Japão. A agência de segurança nuclear da Coreia do Sul divulgou que um pequeno nível de iodo e césio radioativos na chuva foram encontrados no sul, mas nada o suficiente para ser de preocupação pública.
fonte: Observatório da Imprensa
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