De BH
Um alien humanoide de 900 anos de idade conhecido como “Doctor”, que viaja em uma cabine telefônica dos anos 60 com uma acompanhante através do tempo e espaço, desvendando mistérios e salvando o universo a tempo de voltar para Terra e tomar um chá. Parece loucura, mas é a história de Doctor Who, a série mais antiga de ficção científica ainda em exibição no mundo e fenômeno do gênero no Reino Unido.
Criada em 1963, a série, inicialmente planejada para ser um programa educativo de Ciências e História, foi exibida até 1986, quando, por declínio na audiência, a produção foi interrompida. Em 2005, entretanto, a BBC decide por uma renovação da série, passando a exibi-la no canal BBC 1. Atualmente, a nova versão – também chamada New Who, em oposição a Classic Who, que compreende os episódios de 1963 a 1986 - já está em sua 7ª temporada, protagonizada pelo ator Matt Smith como Doctor e Jenna-Louise Coleman como Clara Oswald, sua acompanhante.
A série nos apresenta o Doctor - cujo nome é um mistério - integrante dos Senhores do Tempo, raça alienígena do planeta Gallifrey que tem uma percepção do tempo e espaço bem diferenciada dos humanos e que domina as viagens no tempo e interplanetárias. O planeta Gallifrey, entretanto, é varrido do mapa após a chamada Guerra do Tempo, da qual o Doctor foi o único sobrevivente. Desde então, ele se dedica a ajudar o universo viajando com sua máquina do tempo e espaço, a famosa TARDIS – Time And Relative Dimension In Space, ou Tempo e Dimensão Relativa no Espaço.
Por ser um Senhor do Tempo, o Doctor não pode morrer, já que estes tem a habilidade de evitar a morte passando por um processo de regeneração – que é, como o próprio nome já diz, a capacidade de regenerar-se em um corpo totalmente novo. Este conceito, criado para explicar a saída do ator William Hartnel em 1966, já faz parte da mitologia do programa e é invocado toda vez que é necessário trocar o ator que interpreta o Doctor. É dito que um Senhor do Tempo só pode se regenerar 12 vezes, totalizando 13 encarnações, e atualmente, o personagem encontra-se na sua 11ª encarnação.
Tão importante quanto o próprio Doctor, são seus companheiros – Desde seu início em 63, a série já apresentou mais de trinta e cinco personagens que acompanham o Doctor em suas aventuras e fornecem à audiência alguém para se identificar. Além disso, alguns acompanhantes aparecem esporadicamente, como a enigmática River Song e o Capitão Jack Harkness. Eles também fornecem um ponto importante na série – O Doctor permanece, mas seus acompanhantes, uma hora ou outra, se vão.
E como nenhuma série de ficção científica pode ficar sem um vilão, Doctor Who tem uma coleção impressionável de antagonistas. Alguns fazem aparições recorrentes, outros aparecem em somente um episódio, outros acabam por nem serem vilões no final das contas, como os manipuláveis Oods. A grande quantidade de vilões oferece um grande leque de oportunidades – como cada vilão é diferente um do outro, o Doctor precisa se adaptar de acordo.
Talvez o que seja mais fascinante em Doctor Who é sua habilidade de se reinventar e permanecer o mesmo. Ao mesmo tempo em que pode mudar radicalmente de uma temporada para outra – assim como aconteceu depois da pausa de 1986-2005 – a série consegue manter sua essência. Explicá-la totalmente, entretanto, é mais complicado do que parece. Misturando comédia, drama, ficção científica, romance, suspense e aventura, não perdeu sua bússola moral, herança dos tempos longínquos de programa educativo.
Se fosse possível resumir toda a mensagem que Doctor Who pretende passar para a audiência ela se resumiria ao fato de que somos importantes. Nós, humanos, de vidas curtas e frágeis, importamos e definimos o nosso próprio futuro. Somos capazes de coisas terríveis e de coisas maravilhosas, e podemos fazer a escolha certa, mesmo que a escolha certa seja a mais difícil.
Fenômeno no Reino Unido desde seu lançamento, a série revelou escritores brilhantes como Steven Moffat, Mark Gatiss, Russell T. Davies e Douglas Adams. Inspirou também várias séries de Spin-offs, como As Aventuras de Sarah Jane, K-9 e Torchwood. Por ser muito abrangente e longa, é possível começar a assisti-la de praticamente qualquer ponto. Para os novatos, os episódios da nova série de 2005 “Blink”, “Vincent and the Doctor”, “The Eleventh Hour”, “The Empty Child”, “Silence in the Library” e “The Bells of Saint John” são bons pontos de partida. Mas prepare-se: depois que se assiste ao primeiro episódio, é impossível parar.
Um alien humanoide de 900 anos de idade conhecido como “Doctor”, que viaja em uma cabine telefônica dos anos 60 com uma acompanhante através do tempo e espaço, desvendando mistérios e salvando o universo a tempo de voltar para Terra e tomar um chá. Parece loucura, mas é a história de Doctor Who, a série mais antiga de ficção científica ainda em exibição no mundo e fenômeno do gênero no Reino Unido.
Matt Smith e Jenna-Louise Coleman como Doctor e Clara Oswald
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A série nos apresenta o Doctor - cujo nome é um mistério - integrante dos Senhores do Tempo, raça alienígena do planeta Gallifrey que tem uma percepção do tempo e espaço bem diferenciada dos humanos e que domina as viagens no tempo e interplanetárias. O planeta Gallifrey, entretanto, é varrido do mapa após a chamada Guerra do Tempo, da qual o Doctor foi o único sobrevivente. Desde então, ele se dedica a ajudar o universo viajando com sua máquina do tempo e espaço, a famosa TARDIS – Time And Relative Dimension In Space, ou Tempo e Dimensão Relativa no Espaço.
Por ser um Senhor do Tempo, o Doctor não pode morrer, já que estes tem a habilidade de evitar a morte passando por um processo de regeneração – que é, como o próprio nome já diz, a capacidade de regenerar-se em um corpo totalmente novo. Este conceito, criado para explicar a saída do ator William Hartnel em 1966, já faz parte da mitologia do programa e é invocado toda vez que é necessário trocar o ator que interpreta o Doctor. É dito que um Senhor do Tempo só pode se regenerar 12 vezes, totalizando 13 encarnações, e atualmente, o personagem encontra-se na sua 11ª encarnação.
Encarnações do Doctor. |
Tão importante quanto o próprio Doctor, são seus companheiros – Desde seu início em 63, a série já apresentou mais de trinta e cinco personagens que acompanham o Doctor em suas aventuras e fornecem à audiência alguém para se identificar. Além disso, alguns acompanhantes aparecem esporadicamente, como a enigmática River Song e o Capitão Jack Harkness. Eles também fornecem um ponto importante na série – O Doctor permanece, mas seus acompanhantes, uma hora ou outra, se vão.
E como nenhuma série de ficção científica pode ficar sem um vilão, Doctor Who tem uma coleção impressionável de antagonistas. Alguns fazem aparições recorrentes, outros aparecem em somente um episódio, outros acabam por nem serem vilões no final das contas, como os manipuláveis Oods. A grande quantidade de vilões oferece um grande leque de oportunidades – como cada vilão é diferente um do outro, o Doctor precisa se adaptar de acordo.
Vilões de Who. Da esquerda para a direita: Dalek, Silence, Weeping Angel, Master, Ood e Cyberman. |
Talvez o que seja mais fascinante em Doctor Who é sua habilidade de se reinventar e permanecer o mesmo. Ao mesmo tempo em que pode mudar radicalmente de uma temporada para outra – assim como aconteceu depois da pausa de 1986-2005 – a série consegue manter sua essência. Explicá-la totalmente, entretanto, é mais complicado do que parece. Misturando comédia, drama, ficção científica, romance, suspense e aventura, não perdeu sua bússola moral, herança dos tempos longínquos de programa educativo.
Se fosse possível resumir toda a mensagem que Doctor Who pretende passar para a audiência ela se resumiria ao fato de que somos importantes. Nós, humanos, de vidas curtas e frágeis, importamos e definimos o nosso próprio futuro. Somos capazes de coisas terríveis e de coisas maravilhosas, e podemos fazer a escolha certa, mesmo que a escolha certa seja a mais difícil.
Fenômeno no Reino Unido desde seu lançamento, a série revelou escritores brilhantes como Steven Moffat, Mark Gatiss, Russell T. Davies e Douglas Adams. Inspirou também várias séries de Spin-offs, como As Aventuras de Sarah Jane, K-9 e Torchwood. Por ser muito abrangente e longa, é possível começar a assisti-la de praticamente qualquer ponto. Para os novatos, os episódios da nova série de 2005 “Blink”, “Vincent and the Doctor”, “The Eleventh Hour”, “The Empty Child”, “Silence in the Library” e “The Bells of Saint John” são bons pontos de partida. Mas prepare-se: depois que se assiste ao primeiro episódio, é impossível parar.
*Luisa Santos é estudante do 3 ano do curso técnico em Equipamentos Biomédicos do CEFET/MG, tem o blog Estrelete e colabora com fóton Blog.
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